Perfil
Dr. Francisco Honório
O médico Dr. Francisco Honório carrega em seu DNA o amor pela Medicina, integrando a equipe médica da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, bem como, a do Hospital Memorial Arthur Ramos. Natural do Ceará e acolhido por Alagoas, se empenha em proporcionar uma maior qualidade de vida, bem-estar, conforto e alivio das dores em seus pacientes.
Se especializou em Dor / Medicina Regenerativa e Cirurgia do Pé e Tornozelo, sendo membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT) e da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé).
A conclusão em Medicina pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL, em 2009, foi o início da carreira na área da medicina do Dr. Francisco Honório Junior, estando o mesmo em constante desenvolvimento e aprimoramento dos seus conhecimentos, através de cursos, simpósios e congressos, a maioria deles fora do país.
Ressalta-se que constantemente o Dr. Francisco Honório Júnior é convidado para ministrar aulas em congressos regionais e nacionais, mais uma forma de educação continuada que faz parte do cotidiano do mesmo.
Graduações e Diplomas
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1Graduação em medicina: Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL (Maceió-AL / 2009);
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2Residência médica: Santa Casa de Misericórdia de Maceió (Maceió-AL / 2013);
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3Estágio nos Grupo de Cirurgia do Pé: Hospital COT (Salvador-BA / 2015);
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4Supervisor do Programa de Ortopedia & Traumatologia da Santa Casa de Misericordia de Maceió (Maceió-AL / Desde 2016)
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5Membro titular das seguintes instituições:
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Sociedade Brasileira de Ortopedia & Traumatologia (SBOT);
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Associação Brasileira de Medicina & Cirurgia do Pé (ABTPé).
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Equipe
Atuo de forma integrada com uma profissional da área de enfermagem, como forma de garantir o melhor atendimento ao paciente, a enfermeira Dermatológica Kamila Lira, especialista , é responsável pelo auxílio durante tempo cirúrgico (instrumentação cirúrgica), bem como, pela assistência inicial com as feridas cirúrgicas (curativos), desta forma, garantimos uma assistência sistematizada e de qualidade, com profissionais capacitados para avaliar e tratar as lesões cutâneas com base em evidências científicas, com novas tecnologias em curativos e aplicabilidade.
Kamila Lira
Coren / AL: 45222.
Graduações e Diplomas
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1Graduação em Enfermagem: Faculdade de Ciências Apliacadas Doutor Leão Sampaio (Juazeiro do Norte-CE / 2009)
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2Enfermeira Dermatológica: Centro Universitário Estácio da Bahia (Salvador-BA / 2015)
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3Instrumentação cirúrgica: 1º Curso de Instrumentação Cirúrgica da Bahia Valéria Vieira, 1º CICVV (Salvador-BA / 2015)
Áreas de atuação
Buscando uma formação complementar em sua profissão, cursou Residencia Médica em: Ortopedia e Traumatologia (2011-2013), na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, Maceió - AL e Subespecialização em Cirurgia do Pé e Tornozelo (2015 – 2016), no Hospital COT, em Salvador - BA, estando apto a tratar todas as patologias e desconfortos no Pé e Tornozelo, tais como:
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Fascite plantar e o esporão do calcâneo
A inflamação da fáscia plantar pode causar dor plantar caracterizada por ardência , fisgada, queimação na planta do pé.
A doença pode originar-se por diversos fatores, sendo os principais o encurtamento da fáscia, a lesão aguda por um trauma, impacto repetitivo no esporte ou no trabalho, a atrofia e a diminuição da espessura da gordura plantar e infecções bacterianas.
A dor é mais intensa o levantar-se da cama pela manhã ou após permanecer muito tempo sentado. O tratamento é realizado por meio de medicamentos antiflamatórios e analgésicos , uso de palmilhas especificamente moldadas e fisioterapia diária, que pode ser realizada em casa desde que haja orientação médica.
A intervenção cirúrgica ocorre apenas quando os tratamentos mencionados acima não trouxerem melhora aos pacientes. Existem algumas opções cirúrgicas, que consistem em alongar a fáscia plantar ou a musculatura da panturrilha.
Esporão do calcâneo
O esporão do calcâneo é uma calcificação interna de outra estrutura do pé, o tendão flexor curto do hálux. O ‘caroço’, no entanto, não gera sempre dores, apenas 50% das pessoas que tem a patologia sofrem com dor.
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Lesões do tendão calcâneo (Tendão de Aquiles)
O tendão calcâneo, popularmente chamado de tendão de Aquiles, é o tendão mais espesso e resistente do corpo humano e o mais importante tendão flexor do tornozelo. A inflamação nesta estrutura, um tipo de tendinite, é muito comum em pessoas obesas e atletas, em especial corredores e saltadores, mas também podem aparecer por movimentos repetitivos do tornozelo e calçados inadequados que apertam e machucam o calcanhar.
A tendinite pode ser insercional, que ocorre junto ao osso do calcanhar e muitas vezes está relacionada às deformidades da proeminência superior e posterior do calcâneo (Deformidade de Haglund)* ou a formação de calcificação interna do tendão (esporão)*.
O tratamento baseia-se no uso de analgésicos, anti-inflamatórios orais, gelo, imobilização, exercícios de alongamento e fisioterapia. Pode também ser utilizada uma órtese noturna ao nível da perna e do pé – “Night Splint” – para manter o alongamento do tendão calcâneo e da musculatura posterior durante a noite.
*Deformidade de Haglund - proeminência óssea do calcâneo que está associado com a tendinite insercional por mecanismo de impacto repetitivo contra o tendão calcâneo quando coexistem chamamos de síndrome de Haglund. Essa deformidade ocorre por variação anatômica, não é uma doença. Pode estar presente e nunca apresentar sintomas ou desconforto.
*Calcificação Intratendínea (esporão do tendão de Aquiles): forma-se por uma alteração celular degenerativa das fibras do tendão. Isto ocorre pela alternância, durante um longo período de tempo, entre os processos de inflamação, microrruptura e reparo local. Portanto, a constante tentativa de cicatrização de uma lesão crônica do tendão leva à sua degeneração e calcificação local de suas fibras.
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Pé plano na infância
O recém-nascido tem ossos formados por matrizes de cartilagem, que ainda não estão calcificadas, e, por isso, seus pés são muito flexíveis e apresentam-se planos ou, até mesmo, levemente convexos. O arco plantar começa seu desenvolvimento por volta do quarto ou quinto ano de vida, quando a musculatura está em pleno desenvolvimento,
Durante o processo de desenvolvimento da criança, os fatores mais importantes a serem avaliados é a presença de dor e a rigidez das articulações envolvidas.
O pé plano flexível assintomático não é uma doença, mas uma variação anatômica determinada geneticamente, quando não apresenta dor e nem rigidez.
Com o crescimento da criança, o pé pode vir a tornar-se sintomático (pé plano flexível sintomático) e pode vir a ocorrer dor, principalmente, após alguma atividade física mais intensa.
Já o pé plano com rigidez das articulações (pé plano rígido), pode estar associado com fusões ou deformidade ósseas congênitas dos pés. Nesses casos ocorre perda do movimento de inversão e eversão do pé (para dentro e para fora).
A fisioterapia e o alongamento ajudam a dar condicionamento e reforçam a musculatura envolvida na sustentação. O uso de palmilhas também pode ajudar na diminuição da dor e a cirurgia é indicada apenas em casos mais extremos.
Desenvolvimento do pé na criança
Até os 6 meses – nos primeiros meses de vida, as meias e os calçados devem ser usados somente para conforto e proteger do frio. Os pés são membros sensoriais para os bebês e, portanto, deve-se estimular a criança deixando os pés descalços na maior parte do tempo.
6 a 9 meses - Nesta fase começa a exploração motora que lhe permite adquirir força muscular e descobrir novas sensações táteis. A criança explora o ambiente ao seu redor através do tato e dos movimentos das pernas e dos braços.
9 a 12 meses – nesta fase a criança começa a engatinhar e por isso as meias e os calçados deverão ser flexíveis, confortáveis e com mecanismos antiderrapantes para proteger e ajudar a criança a ter melhor aderência em pisos escorregadios.
1 a 3 anos - Neste período o pé, que se apresenta fisiologicamente plano, recebe os primeiros estímulos plantares causados pelos exercícios dos primeiros passos. Estes conjuntos de estímulos é que irão desenvolver os músculos e formar lentamente o arco plantar. É importante a criança sentir vários tipos de superfícies de apoio e a irregularidade do terreno, para estimular constantemente a formação do pé, por isso a importância em deixar a criança caminhar descalça.
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Calos e calosidades
Os calos e as calosidades se formam pelo aumento da produção de queratina, uma proteína que forma a camada mais superficial da pele, sendo as lesões mais comuns encontradas nos pés.
A formação destas lesões está relacionada às áreas de contato, fricção e pressão que os pés são submetidos ao caminhar, saltar e ao calçar sapatos, podendo causar dores e desconforto. No geral, o tratamento indicado é utilização de calçados que acomodam a mecânica do pé e eventualmente cirurgia dependendo do caso.
Tipos de calos e calosidades
Calos digitais - diretamente relacionados ao uso de calçados fechados e a deformidades articulares que ocorrem nos dedos dos pés.
Nesta situação, o dedo afetado pode apresentar curvaturas. Os três tipos de curvaturas mais comuns que acometem os quatro dedos menores do pé são: dedo em malho, dedo em martelo e dedo em garra.
O tratamento pode ser feito de forma medicamentosa, com a utilização protetores e a mudança do tipo de calçado. A correção cirúrgica, dependendo da gravidade.
Calos Interdigitais - são hiperqueratoses que ocorrem pelo contato e compressão da pele entre dois dedos do pé que podem ser causados pelo uso de calçados que comprimem os pés lateralmente, como os sapatos de bico fino.
O uso de calçados com boa acomodação para os dedos, e protetores ou afastadores interdigitais são os principais tratamentos indicados. As cirurgias são recomendadas para casos em que há lesões ulceradas de difíceis resolução ou deformidades angulares dos dedos.
Calos intertriginosos – causados principalmente pelo atrito entre as faces e dobras da própria pele, o que promove a maceração e a abertura do tecido. A infecção por fungos promove o aprofundamento da lesão, formando uma fístula.
O tratamento consiste na utilização de gazes ou algodão entre os dedos com medicamentos. A cirurgia deve acontecer quando há necessidade de corrigir o espaço ente os dedos se for muito pequeno.
Calosidades (Tilomas) – são lesões mais amplas que os calos, localizadas em áreas de maior fricção e pressão, geralmente causadas por postura quando há sobrecarga de peso em determinada parte da planta do pé.
O tratamento está na utilização de calçados anatômicos e palmilhas mais confortáveis. A fisioterapia é indicada nos casos em que as calosidades causam deformidades nos pés, como o encurtamento dos tendões, assim como os procedimentos cirúrgicos.
Verruga plantar – é uma das lesões mais comuns da pele, principalmente em crianças, acometendo cerca de 10 % da população. É ocasionada pela infecção de HPV tipo 1 e 2 e podem desaparecer de forma espontânea.
Quando este desaparecimento não ocorre, é indicada a ressecção cirúrgica feita por cauterização pelo frio (crioterapia), pelo calor (eletrocauterização) ou por substâncias químicas (ablação química).
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Metatarsalgia
Caracteriza-se pela dor localizada ou generalizada na região plantar e frontal do pé e está relacionada aos os calos e as calosidades plantares. A doença pode ser classificada como metatarsalgia primária, de origem funcional ou postural, ou metatarsalgia secundária, de origem metabólica, neurológica, traumática ou iatrogênica.
A principal causa de metatarsalgia primária envolve a diferença entre o tamanho dos metatarsos (parte mediana do pé), principalmente quando o 2º e/ou o 3º metatarsos são mais longos que o 1º, ou deslocamento plantar, ou flexão plantar, de um ou mais metatarsos.
A metatarsalgia secundária ocorre por diversas condições clínicas que, indiretamente, provocam alguma deformidade, geram sobrecarga mecânica ou processos inflamatórios na região frontal do pé.
Os tratamentos podem variar entre medicamentos e intervenções cirúrgicas, por isso é indicado o diagnóstico de um cirurgião do pé.
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Joanete (Hallux Valgus)
Cerca de 30% da população tem joanete, que consiste no aumento do volume da estrutura que esta localizada imediatamente antes do primeiro dedo do pé.
O joanete habitualmente vem associado com uma deformidade desse dedo, o hálux valgo, patologia que pode propiciar a degeneração da articulação do primeiro dedo do pé, fazendo com que ele se deforme.
Os fatores que mais contribuem para o surgimento desta alteração são doenças degenerativas (como artrite reumatoide e gota), hereditariedade (pé plano, herança familiar, frouxidão ligamentar familiar) e alterações neurológicas (derrame, paralisia cerebral, trauma de coluna (medular). O uso excessivo de calçados de salto alto e bico fino também podem gerar joanetes e a hereditariedade tem grande influência no aparecimento da doença.
O objetivo do tratamento é a melhora da dor, que pode ser conseguido com a modificação do padrão do calçado.
O uso de aparelhos para melhorar o posicionamento dos dedos e palmilhas pode aliviar parcialmente e provisoriamente os sintomas, porém o seu uso não previne e não corrige a deformidade. Quando a correção é necessária, a única opção é a cirurgia. É importante ressaltar que mesmo após a cirurgia o joanete pode voltar parcial ou completamente
Joanete no 5º dedo
Conhecido com o bunionete, o joanete do quinto dedo é uma deformidade articular do dedo mínimo angulada para o lado interno do pé causado pelo atrito e pela pressão repetitiva da borda lateral do calçado sobre a articulação do dedo.
A evolução da doença pode levar ao desenvolvimento de cenários mais graves como o alargamento e protusão da cabeça do 5º metatarso, a curvatura lateral anormal do 5º metatarso ou o aumento do ângulo entre o 4º e 5º metatarsos.
O tratamento consiste na modificação do tipo de calçado, adaptação de palmilhas ou protetores ortopédicos, uso de remédios anti-inflamatórios e aplicação de bolsa de gelo. A cirurgia é indicada apenas em casos mais graves.
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Desordem do dedão (Hallux Rigidus)
Caracteriza-se por desordem degenerativa da maior articulação do primeiro dedo do pé, que leva ao desgaste da cartilagem (artrose), com formação de bicos, protuberâncias ósseas e rigidez. A evolução da doença pode causar o bloqueio completo do movimento do dedo.
As contusões repetitivas e traumas podem ocasionar lesões na cartilagem e levar ao desgaste precoce, assim como a obesidade e excesso de atividades que possam sobrecarregar as articulações podem causar a Hallux Rigidus.
O tratamento sem cirurgia é indicado nos casos leves e iniciais; onde a dor é esporádica, com nenhuma ou mínima perda do movimento, no qual há o uso de medicação antiinflamatória, a imobilização temporária, a modificação do tipo de calçado. O tratamento cirúrgico é indicado na maioria dos casos, principalmente quando existe perda do movimento e a dor torna-se um sintoma constante.
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Deformidades dos dedos menores
Os dedos menores dos pés também podem ser acometidos por deformidades e calosidade dolorosas, que prejudicam as articulações da parte da frente do pé.
A forma e o comprimento dos dedos, e a relação com o uso de calçados apertados estão entre as diversas causas dessas deformidades. Outras causas são: doenças degenerativas (artrite reumatóide, psoríase), lesões traumáticas (fraturas, luxações), diabetes, doenças neurológicas (derrame, paralisia), anomalias congênitas, entre outras.
O tratamento depende do grau de rigidez da deformidade, por isso, é importante consultar um cirurgião do pé.
Tipos de deformidades:
Dedo em malho – consiste na flexão plantar do dedo, podendo formar uma calosidade na parte de cima, na ponta do dedo. É mais comum em dedos longos e acomete principalmente o segundo e terceiro dedos.
Dedo em martelo – a deformidade ocorre na articulação do meio do dedo, sendo comuns em dedos longos.
Dedo em garra – é a hiperextensão (para cima) da articulação que une o dedo ao resto do pé e da flexão (para baixo) da articulação do meio do dedo.
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Neuroma de Morton
Trata-se de uma tumoração benigna do nervo interdigital por compressão crônica, normalmente entre o 3º e o 4º dedos, que causa dor, sensação de formigamento, queimação ou choque na região plantar do pé. Os traumas repetitivos na parte anterior do pé, calçados de bico fino, contusões, fraturas e alterações anatômicas das articulações dos dedos são as principais causas da doença.
Existem opções medicamentosas além da modificação do calçado para tratar a patologia, com o intuito de melhorar a dor.
Quando não surte efeito o tratamento cirúrgico esta indicado.
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Pé diabético
Consiste no conjunto de alterações neurológicas, infecciosas e vasculares, que acometem os pés dos pacientes portadores de diabetes e que podem levar a complicações graves ou até mesmo à amputação e morte.
Há vários tipos de lesões que acometem o pé diabético, causando a perda da sensibilidade e a diminuição da circulação sanguínea.
Tipos de lesões:
Neuropatia diabética - é a perda da função dos nervos do pé, principalmente da sensibilidade dolorosa e tátil, dificultando a percepção do paciente em notar lesões ou contusões. Sem a sensibilidade, as possíveis lesões podem evoluir rapidamente e formar bolhas e feridas abertas (úlceras), possibilitando assim a entrada de microorganismos e causar uma infecção no pé.
Úlceras diabéticas - são feridas abertas ocasionadas por aumento da pressão local ou por ferimento (corte) na pele. Normalmente, mas não obrigatoriamente, relacionadas com a insuficiência de circulação sanguínea do pé. Em casos graves, é necessária a cirurgia para limpeza e desbridamento das lesões mais profundas ou até mesmo a amputação de dedos ou parte do pé para sanar a infecção.
Infecção - o paciente diabético com infecção grave apresenta mal-estar geral, febre alta e aumento dos níveis de açúcar no sangue que se apresenta por meio do surgimento de abcesso, secreção purulenta, mau cheiro, área inchada e avermelhada.
Artropatia de Charcot - são lesões ósseas. O paciente com diabetes também perde a sensibilidade para fraturas, deslocamentos ou microtraumas ocorridos nos ossos do pé e tornozelo. O tratamento, dependendo da gravidade, pode ser imobilização por gesso, órtese ou ainda cirurgia.
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Gota e artrite gotosa
Considerada uma doença crônica e progressiva, a gota pode causar sérias deformidades articulares e invalidez se não tratada corretamente. A patologia acomete cerca de 50.000 pessoas no Brasil, sendo sua maior incidência em homens (95%), com idades entre 30 e 50 anos.
A alteração metabólica das proteínas leva ao aumento do ácido úrico no sangue (hiperuricemia) e gera a gota caracterizada pela formação de minúsculos cristais de urato que se depositam nos tecidos, principalmente nas articulações. A gota pode causar crises de bursites e tendinites caso haja inflamação das bursas e tendões ao redor das articulações.
Visualmente, há formação de pequenos nódulos em alguns tecidos como: borda da orelha, ponta do nariz e superfície das articulações, principalmente dos cotovelos, dos joelhos, das mãos e dos pés.
A obesidade é um dos fatores que propiciam o desequilíbrio e a deposição de ácido úrico nas articulações, favorecendo a formação de gotas.
A inflamação das articulações é chamada artrite gotosa. Normalmente, acomete uma única articulação. Um dos locais mais afetados é a articulação do maior dedo do pé (dedão), a chamada podagra. O joelho e o tornozelo também locais frequentes.
O tratamento está na diminuição da ingestão de alimentos com alto índice protéico e no aumento do consumo de líquidos. O tratamento cirúrgico é indicado quando ocorre grande deformidade articular por degeneração e destruição óssea.
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Lesões dos tendões fibulares
A tendinite ou tenossinovite dos tendões fibulares é um processo inflamatório relacionado a pequenos traumas, por movimentos repetitivos, entorses ou alterações anatômicas locais, que causam lesões no tecido tendíneo. Os tendões ficam inflamados e dolorosos aos movimentos e à palpação local.
Atividades físicas que exigem movimentos repetitivos do tornozelo, principalmente exercícios de impacto, saltos ou corrida, são os principais causadores da tendinite dos fibulares. O uso de calçados inadequados também é um fator importante a ser observado.
Na maioria das vezes, as lesões apresentam rápida melhora sintomática com a suspensão da atividade física, repouso, imobilização, gelo local e uso de anti-inflamatórios orais. A fisioterapia pode ser indicada para a reabilitação do paciente, para a prevenção de novos episódios inflamatórios ou para orientar o treinamento em casos de esportistas. Quando não há melhora com essas medidas, pode ser necessário o tratamento cirúrgico.
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Entorse do Tornozelo e instabilidade ligamentar
A entorse do tornozelo é a lesão ligamentar mais comum em esportistas. Também pode ocorrer durante a atividade de andar, correr ou saltar. Representa 25 % de todas as queixas ortopédicas, sendo a lesão mais comum é a ruptura parcial ou total dos ligamentos e da cápsula articular lateral do tornozelo, o chamado complexo ligamentar lateral.
Os sintomas mais comuns são dor, inchaço e hematoma, que podem afetar os dois lados da articulação, dependendo das estruturas acometidas. O tratamento geralmente envolve imobilização e fisioterapia. O tratamento cirúrgico é reservado para casos selecionados em atletas e lesões com grande instabilidade e abertura da pinça articular.
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Traumas e fraturas do tornozelo e pé
As fraturas no tornozelo são muito comuns e são com traumas similares a entorse, porém, acometendo o osso. Acidentes de trânsito, quedas de altura e lesões esportivas são algumas das causas desse tipo de fratura.
Há diversos graus de lesões, aquelas que podem envolver apenas um dos lados do tornozelo, sendo chamadas de unimaleolares, ou acometer ambos os lados, chamadas de bimaleolares. Existe também a trimaleolar, quando ocorre a fratura da porção posterior da tíbia juntamente com a fratura do maléolo lateral e medial. Traumas graves podem ocasionar o deslocamento completo dos ossos do tornozelo associada à fratura, o que chamamos de fratura-luxação do tornozelo
O tratamento geralmente é cirúrgico, pois são fraturas articulares que devem ser realinhadas e fixadas com precisão para manter o movimento e evitar o desgaste precoce (artrose).
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Coalizão Tarsal – Barra Társica
A coalizão tarsal é a fusão parcial ou total de dois ossos do pé, formando uma barra, ou união, óssea, cartilaginosa ou fibrosa entre eles. Pode ocorrer em um lado ou nos dois pés simultaneamente.
Existem diversos tipos e formas de coalizão tarsal, sendo os mais comuns são dois: a talocalcaneana e calcâneonavicular. Nas pessoas com esta doença geralmente observamos o pé plano (pé chato), podendo encontrar outras deformidades. A queixa principal é a dor pela rigidez.
As causas desta patologia ainda não são bem conhecidas, mas teoria mais aceita é uma alteração congênita da formação óssea, uma falha na segmentação e separação dos ossos durante o desenvolvimento do feto.
Geralmente, o tratamento é cirúrgico. O uso de órtese imobilizadora é aplicado apenas para amenizar a dor e postergar o tratamento cirúrgico.
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Navicular acessório
Trata-se de uma alteração congênita de formação da tuberosidade do osso navicular por divisão da sua matriz de ossificação durante a fase embrionária, que ocasiona o aparecimento de um osso acessório na protuberância medial do navicular.
A existência do navicular acessório pode ocasionar dor e desconforto quando existe alguma forma de lesão envolvida como compressão local, trauma ou tração de repetição pelo tendão tibial posterior. Calçados inadequados, atividades de impacto e entorses são as principais causas.
Esta anomalia pode ser classificada em três tipos:
Tipo 1 - Pequeno osso acessório arredondado sem conexão ou articulação direta com o corpo do navicular.
Tipo 2 - Porção óssea claramente relacionada com o corpo do navicular, separada por uma placa fibrocartilaginosa (sincondrose)
Tipo 3 - Prolongamento ósseo da tuberosidade do navicular. O osso acessório está unido por uma ponte óssea rígida e contínua, dando um formato mais alongado ao navicular.
O uso de bota imobilizadora, gelo e medicação anti-inflamatória pode ser indicada para alívio dos sintomas agudos, assim como a mudança de calçados. O tratamento cirúrgico é indicado em casos graves ou quando não existe melhora nas alternativas anteriores.
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Pé plano no adulto
A disfunção do tendão tibial posterior é uma das causas mais comuns de um pé plano no adulto, anomalia progressiva que causa muita dor em decorrência do estiramento do tendão e ligamentos, podendo conduzir à ruptura do tendão.
As causas da disfunção do tendão tibial posterior são multifatoriais, podendo estar associadas a traumas, doenças inflamatórias alteração vascular ou hormonal. Na maioria dos casos, o tratamento é cirúrgico.
A deformidade é classificada em quatro estágios:
1. Inflamatório - O paciente ainda consegue fazer e manter a elevação do seu peso na ponta do pé. Entretanto, se este movimento for repetitivo pode ocasionar dor. A função, força e sustentação do arco plantar está preservada.
2. Disfunção e Deformidade – há a perda da função do tibial posterior, com a degeneração e alongamento tendíneo. O paciente tem dificuldade ou incapacidade de fazer e manter a elevação de seu peso na ponta do pé.
3. Artrose Subtalar - rigidez articular e incapacidade completa para a elevação do peso na ponta do pé.
4. Artrose do Tornozelo - A deformidade crônica e o desalinhamento do pé levam ao desgaste e deterioração da cartilagem articular do tornozelo.
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Osteocondroses e Osteocondrites do pé
Osteocondrose é um distúrbio que causa a diminuição da circulação sanguínea na cartilagem de crescimento; uma isquemia temporária que leva a uma lesão autolimitada.
A osteocondrite diferencia-se da osteocondrose por não lesionar a fise, isto é, a cartilagem de crescimento; não interferindo na formação e no desenvolvimento ósseo (osteogênese).
Os dois principais fatores que causam as doenças são os mesmos como traumas e lesões por sobrecarga ou impacto de repetição, além de embolia, distúrbios endócrinos, defeitos vasculares locais, fatores genéticos e hereditários.
Há diversos tipos de osteocondroses do pé, sendo as principais:
Osteocondrose da cabeça metatarsal (doença de Freiberg) – a doença envolve geralmente a cabeça do 2º metatarsal e a principal queixa é a dor e o inchaço da articulação, que piora com o movimento e com atividades de impacto. O tratamento pode ser medicamentoso nos estágios iniciais, mas em fases mais avançadas a cirurgia é a solução.
Osteocondrose do navicular (doença de Köhler) - o principal sintoma é a dor na região medial do pé que piora com o apoio. A região pode apresentar-se inchada e levemente avermelhada. O tratamento pode ser medicamentoso e a base de imobilização.
Osteocondrose do calcâneo (doença de Sever ou Haglund-Sever) - acomete principalmente crianças entre 7 e 12 anos e está relacionada com o aumento da atividade esportiva de impacto. A principal queixa é a dor na região plantar do calcanhar que aumenta durante ou após a atividade esportiva. O tratamento pode ser medicamentoso e fisioterapêutico.
Osteocondrose da base do 5º metatarso (doença de Iselin) - lesão pouco comum que acomete jovens esportistas entre 7 e 10 anos, causando inchaço e dor nos pés. O tratamento consiste em evitar atividades de impacto, uso de medicação analgésica, gelo e, ocasionalmente, imobilização temporária do pé e tornozelo.
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Braquimetatarsia
Trata-se de uma alteração congênita, ocasionada pelo fechamento precoce da cartilagem de crescimento (fise) e envolve principalmente o primeiro, o terceiro e/ou o quarto metatarso, causando um desequilíbrio na pressão do pé e, consequentemente, dor.
A anomalia é mais prevalente no sexo feminino, tem como principais causas fatores hereditários ou associados à síndrome de Down, síndrome de Turner, síndrome de Apert ou osteodistrofia de Albright.
O tratamento consiste na troca de calçados e uso de medicamentos para diminuição da dor. O tratamento cirúrgico é o mais indicado para solucionar a anomalia.
Estamos orgulhosos dos serviços que prestamos aos nossos pacientes, algumas das nossa avaliações:
“Dr. Francisco é um ótimo médico. Tanto no hospital quanto no seu consultório fui muito bem atendida. Sempre que posso, faço propaganda dele, porque ele é excelente no que fa."
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“Dr. Francisco Honório, profissional maravilhoso, atencioso, competente. Me deixou muito tranquilo em todo o meu tratamento. Só tenho a agradecer.”
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